E o ano de 2010 chegando em sua reta final. Contudo, ainda temos as comemorações do Natal,mas o que mesmo estamos comemorando?
É um momento em que tradicionalmente as pessoas recebem um incremento em seus salários, as correrias diárias e rotineiras se amainam, mas que por conta da compra de presentes torna-se um período de intenso movimento, além disso, o consumo é extremamente elevado, afinal, convencionou-se de que este período temos de trocar presentes com quem gostamos (e até de quem não gostamos, dependendo da conveniência), uma distorção clara da passagem bíblica do nascimento de Jesus Cristo, em que os Reis Magos Baltazar, Gaspar e Belchior, cada um entregou em forma de presente, incenso, ouro e mirra. A sociedade de consumo caiu na lábia dos promotores do consumo e cá estamos, todos, sem exceção,inclusive eu, dando presentinhos às quem gostamos ou não.
É lugar-comum eu sei, mas vale sempre lembrar que esta data, convencionada em 25 de dezembro, serve e tem a função de refletirmos sobre o nascimento de Jesus Cristo, que para a grande parte das religiões monoteístas, representa alguém de fundamental importância para a solidificação fé, bem como a conhecemos hoje.
E esse é um verdadeiro presente: Alguém ter nascido e sido ouvido por muitos, ouvido pelos humildes, pelos pobres, pelas crianças, velhos, mulheres, e gerado a ira dos poderosos. Este homem nasceu para defender o que acreditava, independente das consequências que acarretariam essa defesa apaixonada, mas mesmo assim, consciente. Nasceu certo de sua missão em Terra e morreu certo do cumprimento de sua missão.
Sim, o dia chamado Natal representa a vida, representa uma missão, representa a reflexão, representa que devemos acreditar que temos sim uma razão de ser e existir nesse mundo, de que podemos marcar nossa passagem aqui e crer em nossos sonhos, ter fé enfim. Continuaremos dando nossos "ouros, incensos e mirras" materializados em objetos de consumo para quem gostamos ou não nessa época, mas em momento algum deveremos esquecer daquele que nasceu e viveu intensamente e até hoje sua marca está em cada ação que fazemos em nossas vidas.
Sem dúvida, sem sentir vergonha e, com orgulho, posso dizer e afirmar que agradeço a Jesus Cristo pelo que sou e pelo meu comportamento, pelos ideais que tenho, pelo respeito que tenho a minha família e as pessoas que me cercam, sem dúvida, este é o principal presente. Não faz muito tempo, o Presidente Lula foi certeiro em uma opinião sobre Cristo: "Sem dúvida, Jesus Cristo foi o maior estadista que o mundo já teve", e é fato, Cristo, mesmo incompreendido pelos seus conterrâneos, foi o líder das massas, dos oprimidos, dos que queriam apenas viver e trabalhar em paz. Alguém que é "eleito" sem um único voto, mas pelo instinto de cada um, sem dúvida é o maior e melhor estadista. Seus exemplos de vida são utilizados até hoje e, sem dúvida, continuarão a ser usados, comentados, criticados e admirados.
Espero que cada um de nós possa lembrar disso, desse exemplo e o porquê de comemorarmos de fato essa data.
Um Natal a todos com muita fé, união, reflexão e paz.